O que é
O sangue é um dos três componentes do sistema circulatório,
os outros dois, são o coração e os vasos sanguíneos. É produzido na medula
óssea vermelha;
Ele é responsável pela regulação e proteção de nosso corpo, e
a manutenção da vida do organismo através do transporte de nutrientes, toxinas,
oxigénio e dióxido de carbono.
Composição do sangue
Nele encontramos o plasma sanguíneo, responsável por 55% de
seu volume, além das hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis
por aproximadamente 45% de sua composição.
A maior parte do plasma sanguíneo é composta por água (93%),
daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante
líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios,
vitaminas,
gás carbônico, sais minerais,
aminoácidos, lipídios,
ureia, etc.
Os
glóbulos vermelhos
O que são
As hemácias, também conhecidas
como eritrócitos, são os glóbulos vermelhos do sangue. A hemácia é o elemento
presente em maior quantidade no sangue. Existem cerca de 5 milhões de hemácias
por milímetro cúbico, no sangue de um homem adulto e saudável (na mulher, cerca
4,5 milhões).
Componentes das hemácias e função
A Hemoglobina é o principal
componente das hemácias. De coloração avermelhada, ela possui a função de fazer
o transporte de oxigênio pelos diferentes tecidos do corpo humano. Transporta
também uma pequena quantidade de gás carbônico.
Além da hemoglobina, as hemácias
também são compostas por íons, glicose, água e enzimas.
Características principais:
- Possuem formato de disco
bicôncavo;
- Não possuem núcleo;
- Medem 0,007 milímetros de
diâmetros
Formação:
Eritropoiese é o nome científico que se dá a formação das hemácias no
corpo humano. Este processo acontece na Medula Óssea.
Curiosidades:
- Uma hemácia vice, em média, de
100 a 120 dias.
- São produzidas cerca de 2,4
milhões de hemácias por segundo em nosso corpo.
- A contagem de hemácias
presentes no sangue é feito através de um exame laboratorial conhecido como
hemograma.
- A cor vermelha do sangue é
explicada pela presença das hemácias.
Os
glóbulos brancos
O que são
Leucócitos
Os leucócitos,
também conhecidos como glóbulos brancos, são células presentes no sangue e
produzidas na medula óssea e no tecido linfático. São chamados de glóbulos
brancos, pois, ao contrário das hemácias (glóbulos vermelhos), não possuem
pigmentos.
Função dos
Leucócitos:
- Realizar a
defesa do organismo contra agentes infecciosos (vírus, bactérias e substâncias
alergênicas). Este processo ocorre, pois os leucócitos possuem a capacidade de
produzir anticorpos.
Características
principais:
- Possuem formato esférico;
- Possuem cor branca;
- No corpo humano de uma pessoa saudável existem entre 4 mil e 11 mil
leucócitos por mililitro de sangue. Porém, numa pessoa com infecção, o número
de leucócitos pode chegar a 30 mil por ml de sangue.
Classificação
dos Leucócitos
Os leucócitos
podem ser classificados de acordo com o formato do núcleo.
Linfócitos
mononucleares:
- Linfócitos:
possuem núcleo esférico. Localizam-se, principalmente, nos órgãos linfoides.
- Monócitos:
são gerados na medula óssea. Possuem citoplasma de cor azulada. É o de maior
tamanho entre os leucócitos (podem chegar a 20 micrômetros).
Linfócitos
polimorfonucleares:
- Basófilos:
núcleo com formato da letra "S". Produzido na medula óssea. Entre os
leucócitos é o tipo encontrado em menor número.
- Neutrófilos:
possuem citoplasma de cor rosa claro. É o de maior quantidade no sangue humano
(de 50 a 70%). Apresentam grânulos em seu citoplasma.
- Eosinófilo:
é produzido na medula óssea e apresentam grânulos em seu citoplasma.
A fagocitose
A fagocitose representa um importante mecanismo de defesa não específica contra agentes patogênicos que ultrapassam as barreiras superficiais de defesa. As células promotoras deste mecanismo são leucócitos.
Algumas células fagocitárias (ou fagócitos) circulam livremente na corrente sanguínea, enquanto outras deixam os vasos sanguíneos e aderem a certos tecidos.
Numa primeira fase, os agentes patogénicos, vírus e outras células são reconhecidos pelos anticorpos que se ligam aos antígenos específicos. Os leucócitos são assim capazes de aderirem à membrana da célula invasora. De seguida, a célula fagocitária emite pseudópodes que auxiliam no processo de endocitose, de modo a que o agente patogénico penetre no interior desta célula. Posteriormente, o patógeno é degradado por enzimas lisossomais existentes nos lisossomas.
A fagocitose representa um importante mecanismo de defesa não específica contra agentes patogênicos que ultrapassam as barreiras superficiais de defesa. As células promotoras deste mecanismo são leucócitos.
Algumas células fagocitárias (ou fagócitos) circulam livremente na corrente sanguínea, enquanto outras deixam os vasos sanguíneos e aderem a certos tecidos.
Numa primeira fase, os agentes patogénicos, vírus e outras células são reconhecidos pelos anticorpos que se ligam aos antígenos específicos. Os leucócitos são assim capazes de aderirem à membrana da célula invasora. De seguida, a célula fagocitária emite pseudópodes que auxiliam no processo de endocitose, de modo a que o agente patogénico penetre no interior desta célula. Posteriormente, o patógeno é degradado por enzimas lisossomais existentes nos lisossomas.
Existem três tipos de fagócitos:
• Os neutrófilos – são os fagócitos mais abundantes, embora tenham um tempo de semivida muito curto. Têm a capacidade de reconhecer e atacar agentes patogénicos em tecidos infectados;
• Os monócitos – diferenciam-se em macrófagos, que têm um tempo de vida mais longo que os neutrófilos e podem destruir um número superior de agentes patogénicos. Alguns macrófagos migram ao longo do organismo, outros residem em locais específicos como o baço;
• Os eosinófilos – são fracamente fagocitários, sendo a sua principal função matar parasitas.
Você sabia?
- O corpo
humano de uma pessoa pode produzir até 100 milhões de leucócitos por dia.
- No pus
existe uma grande quantidade de leucócitos mortos, pois eles agiram na infecção
e morreram. Logo, a existência de pus é um indicativo de que está ocorrendo um
processo infeccioso no corpo e que o sistema imunológico, através dos
leucócitos, está agindo.
As
plaquetas
O que são
As Plaquetas, também conhecidas
como trombócitos, são fragmentos citoplasmáticos anucleados presentes no
sangue.
Função
- As plaquetas têm como função
principal participar do processo de coagulação do sangue, ou seja, a formação
de coágulos.
Características principais das
plaquetas
- Não possuem núcleo.
- São derivadas de fragmentos de
células.
- Possuem a forma de discos
achatados (quando circulam pelo sangue).
- Possuem um tempo de vida entre
8 e 10 dias. Depois disso são destruídas e retiradas de circulação pelo baço.
As Defesas Naturais:
Anticorpos
Os anticorpos estão presentes no plasma e são
produzidos quando certo antígeno fica em contato com o sistema imunológico dos
seres humanos, o mesmo contém o mecanismo para neutralizar os antígenos e
produzir anticorpos. Eles atacam os antígenos que causam as doenças.
Os anticorpos produzidos pelo corpo irão combater somente os efeitos necessários, exemplo, se uma pessoa for picada por um borrachudo (inseto), os anticorpos irão combater somente os efeitos originados pelo borrachudo, ou seja, não irá servir de defesa para nenhuma picada de outro inseto. Eles não deixam que os microorganismos se multipliquem, impedindo a ação das toxinas.
Existe uma reação chamada Antígeno-Anticorpo, que quer dizer que certo anticorpo combate apenas o antígeno responsável pela sua formação.
Os anticorpos produzidos pelo corpo irão combater somente os efeitos necessários, exemplo, se uma pessoa for picada por um borrachudo (inseto), os anticorpos irão combater somente os efeitos originados pelo borrachudo, ou seja, não irá servir de defesa para nenhuma picada de outro inseto. Eles não deixam que os microorganismos se multipliquem, impedindo a ação das toxinas.
Existe uma reação chamada Antígeno-Anticorpo, que quer dizer que certo anticorpo combate apenas o antígeno responsável pela sua formação.
DEFESAS ARTIFICIAIS
Porém, nem sempre as defesas naturais são suficientes para
eliminar uma doença. Nesse caso, usamos o conhecimento científico para nos
defender.
Podemos utilizar os medicamentos
antibióticos, que ajudam a destruir as bactérias.
Outra maneira de proteção artificial é adquirir imunidade
contra determinada doença antes mesmo de tê-la, ou seja, nos prevenimos contra
a doença.
Para isso, nos utilizamos das vacinas.
Quando uma pessoa é vacinada, ela está recebendo antígenos
(substância capaz de fazer o organismo produzir anticorpos) de determinado
microrganismo. Com isso, o corpo produzirá anticorpos como se estivesse sendo
atacado pelo microrganismo ativo. Se algum dia a pessoa for atacada por esse
micróbio, o seu corpo já estará preparado com os anticorpos necessários para
combater a doença.
Há ainda o soro terapêutico, que
é formado por anticorpos já prontos contra determinada doença. Ele é utilizado
em organismos que ainda não foram protegidos contra o micróbio causador.
Assim, por exemplo, se a bactéria causadora do tétano
invadir um organismo desprotegido, toma-se o soro
antitetânico, que contém anticorpos específicos contra essa bactéria.
O soro pode ser usado também contra certas toxinas, como no
caso do soro
antiofídico, aplicado em pessoas picadas por cobra peçonhenta.
Doenças do Sangue
ANEMIA
As anemias são doenças
caracterizadas pela baixa concentração de hemoglobina no sangue. Podem ser
causadas por hemorragias intensas, pela destruição acelerada das hemácias, pela
produção insuficiente de glóbulos vermelhos na medula óssea ou pela produção de
glóbulos vermelhos com pouca hemoglobina. Este último exemplo é a causa mais frequente
de anemia, principalmente na infância, ocasionada pela insuficiência de ferro
na alimentação, uma vez que o ferro é um componente importante na formação da
hemoglobina.
HEMOFILIA
Quando um vaso sanguíneo sofre uma lesão, inicia-se um processo
que visa impedir a perda do sangue pelo vaso. Ocorrem modificações na
musculatura do vaso danificado, desencadeadas por substâncias liberadas pelas
plaquetas, que, além disso, se agregam para ajudar a formar o coágulo. Ocorre
uma cascata de reações químicas que envolvem diversos fatores do plasma sanguíneo,
chamados fatores de coagulação. Essas reações acabam por produzir uma proteína
chamada fibrina. As moléculas de fibrina se juntam para formar uma rede, que
aprisiona hemácias, leucócitos e plaquetas, formando assim o coágulo. O coágulo
para o fluxo do sangue no vaso lesionado.
A hemofilia é resultado
de uma deficiência genética de algum desses fatores de coagulação. As pessoas
com hemofilia têm a coagulação do sangue lenta e sangramentos excessivos. O
sangramento nas articulações pode também afetar os ossos, com consequências
incapacitantes.
LEUCEMIA
São muitas as formas de
câncer que ocorrem nas células do sangue, e cujo nome varia em função do tipo
de célula envolvida. A leucemia é o câncer que afeta os glóbulos brancos
(leucócitos). Como há cinco tipos de glóbulos brancos, há também diferentes
tipos de leucemias. Todas elas se originam do mesmo modo: através de alterações
no DNA das células-tronco que dão origem aos tipos aberrantes de glóbulos
brancos. Além de se dividir descontroladamente, as células cancerosas
permanecem em estágio não diferenciado, ou não maduro.
Os grupos
sanguíneos
O
fornecimento seguro de sangue de um doador para um receptor requer o
conhecimento dos grupos sanguíneos. Estudaremos dois sistemas de classificação
de grupos sanguíneos na espécie humana: os sistemas ABO e Rh. Nos
seres humanos existem os seguintes tipos básicos de sangue em relação aos
sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.
Cada
pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos. Nas hemácias humanas podem
existir dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio B. De
acordo com a presença ou não dessas hemácias, o sangue é assim classificado:
- Grupo A – possui somente o aglutinogênio A;
- Grupo B – possui somente o aglutinogênio B;
- Grupo AB – possui aglutinogênio A e B;
- Grupo O – não possui aglutinogênios.
No plasma
sanguíneo humano podem existir duas proteínas, chamadas aglutininas: aglutinina
anti-A e aglutinina anti-B.
Se uma pessoa possui aglutinogênio A, não
pode ter aglutinina anti-A, da mesma maneira, se possui aglutinogênio B, não
pode ter aglutinina anti-B. Caso contrário, ocorrem reações que provocam a
aglutinação ou o agrupamento de hemácias, o que pode entupir vasos sanguíneos e
comprometer a circulação do sangue no organismo. Esse processo pode levar a
pessoa à morte.
Na tabela
abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e o tipo de aglutinina
existentes em cada grupo sanguíneo:
Grupo sanguíneo
|
Aglutinogênio
|
Aglutinina
|
A
|
A
|
anti-B
|
B
|
B
|
anti-A
|
AB
|
A e B
|
Não possui
|
O
|
Não possui
|
anti-A e anti-B
|
A existência de uma substância denominada fator Rh
no sangue é outro critério de classificação sanguínea. Diz-se, então, que quem
possui essa substância no sangue é Rh positivo; quem não a possui é Rh
negativo. O fator Rh tem esse nome por ter sido identificado pela primeira vez
no sangue de um macaco Rhesus.
A transfusão de sangue consiste em
transferir o sangue de uma pessoa doadora para outra receptora. Geralmente é
realizada quando alguém perde muito sangue num acidente, numa cirurgia ou
devido a certas doenças.
Nas transfusões de sangue deve-se saber se há ou
não compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor. Se não houver essa
compatibilidade, ocorre aglutinação das hemácias que começam a se dissolver
(hemólise). Em relação ao sistema ABO, o sangue doado não deve conter
aglutinogênios A; se o sangue do receptor apresentar aglutininas anti-B, o
sangue doado não pode conter aglutinogênios B.
Em geral os indivíduos Rh negativos (Rh-)
não possui aglutininas anti-Rh. No entanto, se receberem sangue Rh positivo
(Rh+), passam a produzir aglutininas anti-Rh. Como a produção
dessas aglutininas ocorre de forma relativamente lenta, na primeira transfusão
de sangue de um doador Rh+ para um receptor Rh-,
geralmente não há grandes problemas. Mas, numa segunda transfusão, deverá haver
considerável aglutinação das hemácias doadas. As aglutininas anti-Rh produzidas
dessa vez, somadas as produzidas anteriormente, podem ser suficientes para
produzir grande aglutinação nas hemácias doadas, prejudicando os organismos.
Abaixo Um Diagrama
Que Ajuda A Compreender A Relação Entre Os Sangues
muito bem explicado
ResponderExcluirVdd😊
ResponderExcluiramei
ResponderExcluirExcelente explicação.
ResponderExcluirpodia ser mais curto mais ta bao
ResponderExcluirGostei muito
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